Em Portugal, ela ainda é considerada uma iguaria exótica, mas cada vez mais comum em grandes supermercados e lojas especializadas na importação de produtos de várias partes do mundo.
A fruta-serpente parece intrigante à primeira vista e torna-se ainda mais interessante quando se conhecem as suas propriedades. Afinal, é uma iguaria que estimula o funcionamento do intestino e fortalece os vasos sanguíneos.
Salak para pesquisadores culinários
Muitos cozinheiros amadores estão a tornar-se cada vez mais ousados na sua abordagem às inovações culinárias. E isso é correto, pois permite-lhes não só descobrir novos sabores, mas também usar as propriedades benéficas de ingredientes incomuns.
O salak, também conhecido como fruto da cobra comestível, é, sem dúvida, uma dessas iguarias. A sua casca dura e escamosa característica valeu-lhe o apelido de «fruto da cobra». Parece um pouco assustador? Ao olhar mais de perto, fica claro que não há motivos para preocupação.
O salak é originário da Indonésia e também é abundante na Malásia, Java e Sumatra. Para crescer, esta fruta precisa de um clima tropical, por isso também pode ser encontrada na América do Sul. A fruta da cobra cresce em palmeiras relativamente baixas, que atingem cerca de 6 a 7 metros de altura. Estas árvores podem ser reconhecidas pelas suas folhas largas e plumosas.
Como é a aparência e o sabor da fruta-serpente?
Seu tamanho não impressiona. O comprimento médio da salak é de 5 cm. Ela tem formato de gota ou pêra e é coberta por uma casca grossa. No entanto, não é difícil removê-la se a casca estiver madura. Depois de descascada, a salak lembra uma cabeça de alho. Por dentro, contém uma polpa suculenta, mas ligeiramente crocante. O sabor é agridoce, lembrando uma combinação de ananás, maçã, pêra e ameixa, o que o torna uma combinação interessante.
A fruta-serpente pode ser consumida crua. É excelente, por exemplo, para saladas de frutas e sobremesas. Na Ásia, também é usada como ingrediente em pratos não doces. Combina bem com vegetais e frutos do mar. Também pode ser marinada, frita e refogada — sua versatilidade é inegável.
Sementes não comestíveis, das quais se faz café
As sementes do salak não são comestíveis e devem ser separadas da polpa. Os habitantes da ilha indonésia de Bali têm uma opinião um pouco diferente. Embora não as considerem um aperitivo, encontraram uma forma de as utilizar de outra forma. Fritam as sementes e depois moem-nas até ficarem em pó fino. O resultado é um produto adequado para infusão, que permite preparar uma bebida semelhante ao café. No entanto, essa prática não é muito comum, por isso, em casa, é melhor considerar que as sementes da fruta da serpente vão parar ao caixote do lixo.